sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Das Coisas Que Me Doem Na Alma


Não gosto de pessoas que deixam coisas por dizer. Ou melhor gosto das pessoas não gosto é que deixem coisas por dizer.
Esse só dar o valor quando já é tarde, o só lembrar de pequenos pormenores que lá sempre estiveram mas que só agora são reparados, é coisa para me magoar a alma e a minha alma por vezes é fraquinha.
Aprendi que se deve dizer as coisas tal como as sentimos quando a minha mãe morreu. Na tarde do dia anterior ela estava ali a chamar-me de chata e na manhã seguinte já não estava e não passa pela cabeça de ninguém o quanto ficou por dizer.
Aquilo que fica por dizer vai moendo cá dentro e por isso a partir daí prometi que diria sempre aquilo que sinto, há dias melhores que outros, mas pior que eu não conseguir dizer é saber que há quem não me diz a mim.
Não prezo muito pelo sentimentalismo e há alturas em que consigo ser um autêntico cubinho de gelo mas quando tenho que falar, quando tenho que expor alguma coisa faço-o sem pensar muito nas consequências, mas ás vezes não pode ser assim, ás vezes há que ser mais sensível, ser contida.
Fazer uma lista de prós e contras, um gráfico, ou apenas ficar em silêncio quando dentro de nós tudo se apaga um bocadinho.
E o pior é que não tinha que ser assim, podia ser diferente, poderia ter sido diferente, mas a pessoas crescem, as pessoas mudam, as pessoas seguem em frente e o voltar atrás deixa de ser uma opção a estrada agora apenas tem um sentido.
It’s al about choices and mine was made a long time ago...

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